A situação absurda de hoje.
Em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.
Do rapaz que invadiu a escola, matou 12 crianças e tinha munição e estava interessado em matar muitas mais.
Interpelado e ferido pelo Sargento Alves, suicidou-se.
Algumas questões:
Que tipo de perturbação o levou a fazer isso?
O sargento Alves é um herói?
Link para as fotos:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/fotos/2011/04/veja-imagens-do-caso-de-tiros-em-escola-na-zona-oeste-do-rio.html#
Quem de vocês quer comentar?
3 comentários:
Engraçado... ouvi o tempo todo falarem do 'policial' que atirou no rapaz e não pensei nisso! Ele foi o primeiro de uma série de heróis que se revelaram nessa manhã triste em Realengo. Ouvi o depoimento de uma aluna, que disse "a professora estava ajudando a gente, uma professora muito boa" quando ouviram os disparos e tiveram que se proteger. Fiquei emocionado... E todos aqueles que salvaram os feridos, e ajudaram os outros a saírem em segurança do prédio... Parece que o ser humano economiza seu instinto de ajudar os outros e descarrega apenas em situações extremas.
O principal fato, foi que o policial "evitou" que o massacre tivesse mais vítimas, o rapaz tinha muita munição e estava indo ao outro andar.
Mas é verdade que houveram vários heróis neste fato.
O próprio menino baleado, que saiu correndo pelas ruas para achar algum policial e chamá-lo para ir à escola...
E tantos, como você bem citou...
TANTO LUTO!
por Ariovaldo Ramos
"Rio de Janeiro, Escola Municipal Tasso da Silveira, jovem, de 23 anos, invade escola, onde estudou, e atira nos alunos, a maioria entre 7 e 14 anos. Mata e fere muitos., até que, atingido por um policial, se suicida.
Quantos matou, quantos feriu? Se fosse apenas uma criança já seria muito, tanto que nenhum número esgotaria. Quantos seres humanos tombam de uma forma ou de outra quando um ser humano é abatido? E quantos, por isso, não terão oportunidade de existir?
Começam as perguntas sobre o porquê. Como um ser humano faz algo assim? E corre-se atrás das explicações.
Como um ser humano pode ser capaz de tal atrocidade? É a pergunta que ecoa. Como? Ouço e me pergunto: do que estamos a falar?
Só os seres humanos fazem isso com a sua própria espécie: franco-atiradores; homens-bomba; Treblinka; Auschiwitz; Guantanamo; Sistema Presidenciario Brasileiro; Carandiru; Torres Gêmeas; Revolução Cultural Chinesa; Política Stalinista; Hiroshima; Nagasaki; Ruanda; Serra Leoa; Kosovo; Incêndio de Ônibus com passageiros ou Fuzilamento de Seres Humanos colocados dentro de um ônibus! E mais quantas guerras e atrocidades poderiam ser enumeradas? Só seres humanos fazem isso!
Só os seres humanos se sentem seguros, apenas, quando podem matar o próximo. Só os seres humanos chamam a isso de paz.
Quantas doenças ou religiões ou ismos teremos de evocar para dar sentido às barbáries humanas?
O que há por detrás de tanta barbárie? Nós: Seres humanos. Nós!
Ao chorar por essas crianças, choramos também por nós, por todos nós indistintamente. Precisamos perceber que nosso grande desafio somos nós mesmos. Perceber que há maldade em nós. Precisamos cuidar melhor de nós. Precisamos de zelo pela dignidade humana; de acesso a saúde em todos os sentidos, desde sempre: de uma escola onde um garoto estranhamente diferente possa ser ajudado enquanto é tempo.
Precisamos que todo o esforço não seja para, meramente, melhorarmos na vida, mas, para que a vida melhore em nós.
O que me consola é saber que Deus, segundo Jesus de Nazaré, está lutando por nós, o gênero humano. Que tanto luto não mate a esperança."
Trnscrevi essa reflexão por achá-la bem oportuna e coerente.
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